O Calendário e a Semana da Criação!

Shabbat Lunar, Onde Está o Erro #2!

Capítulo 1: A Semana da Criação! 


O calendário lunissolar segundo as Escrituras Sagradas é sem dúvidas o calendário estabelecido pelo CRIADOR lá na semana da CRIAÇÃO, também temos o Shabbat do sétimo dia que está ligado diretamente com a semana da criação mencionado pela primeira vez na Toráh, no livro de. Gên 2: 1-3. Gên 2:1 assim os céus, e a terra e todo o seu exército foram acabados. 2 e havendo YAHÚ acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito 3 e abençoou YAHÚ o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que YAHÚ criara e fizera.
      
Em ÊXO 20:8-11 nós podemos ver  YAHÚ instruindo o homem sobre como proceder na pratica quanto ao Sétimo dia. Há quem afirma que o Shabbat passou a ser guardado somente depois do Êxodo do povo Israelita da terra do Egito, contudo muitos, assim como eu, cremos que o Pai nos deu desde o início o dia de descanso.

Êxo 20:8 Lembra-te do dia do Shabbat, para o santificar. 9 Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra, 10 Mas o sétimo dia [ é ] o Shabbat de YAHÚ teu UL: não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal nem o teu estrangeiro, que [ está ] dentro das tuas portas.
11 Porque em seis dias fez o YAHÚ os céus e a terra, o mar e tudo que neles [ há ], e ao sétimo dia descansou: portanto abençoou YAHÚ o dia do Shabbat, e o santificou.
  
Porém existe alguns grupos que guardam o Shabbat do sétimo dia em datas fixas do mês, eles acreditam que o Shabbat é determinado pela lua nova a cada mês, portanto a questão aqui não é argumentar sobre o calendário lunissolar, e sim trataremos tão somente, sobre o Shabbat lunar, esse que os adeptos afirmam ser regido pela lua nova, e que cai em dias fixos todos os meses, à saber; nos dias 8, 15, 22 e 29 de cada mês do calendário lunissolar, ou nos dias 7, 14, 21 e 28, ou ainda com os Shabbatot alternados numa ou noutra dessas datas, podendo ser no dia 8 ou 9, 15 ou 16, 22 ou 23, 29 ou 30.

Uma das coisas mais importantes que eu levo em consideração nos meus estudos é o argumento acompanhado de provas Escriturais, prefiro não dar espaço para ACHISMO, ou está nas Sagradas Escrituras ou não está, e já que é assim, vamos dar preferência às Escrituras e usar menos “provas” de enciclopédia, livros de história etc.
    
Porque seja enciclopédia, seja livro de história ou até mesmo outro documento, é muito fácil adulterar, sem falar que sempre se encontra várias versões da mesma história, vamos procurar usar outros textos somente em caso de aparente conflito em textos da Toráh, então qualquer fonte extra Escritural que não estiver em plena harmonia com as Sagradas Escrituras, deve ser descartada.
  
Quero esclarecer de ante mão que teremos uma REGRA que servirá como prova, a qual usaremos sempre que necessário no decorrer de nosso estudo, ela nos prova acima de qualquer argumento qual é o Shabbat do Sétimo dia.

Isso, para que não façamos tal como de costume fazem muitos adeptos ao Shabbat Lunar quando não encontram justificativas para seus ideais, costume esse  que é fazer uso de uma ou mais de suas CINCO estratégias, as quais eu diria ser sua marca registrada, são elas: torcer textos, usar textos fora de contexto, usar textos isolados, ignorar textos, e ao não obterem sucesso, mergulham num profundo poço de Achismo, sendo capazes de reinventar toda uma história, como reformular a semana da criação, visto que não conseguem calhar seus Shabbatot, nos dias 8, 15, 22 e 29 já de arrancada, desde o primeiro mês da história da humanidade. 

É notório que se não acrescentar nem diminuir, os Shabbatot do primeiro mês foram nos dias 7, 14, 21 e 28. (há controversas)

"Ainda sobre a semana da criação"; na tentativa de invalidar a probabilidade de os Shabbatot do primeiro mês terem sido nos dias 7, 14, 21 e 28, tem adeptos dizendo que como o homem foi criado no 6º dia, o dia 7 foi Shabbat (descanso) apenas para o CRIADOR, pois o homem ainda não havia trabalhado seis dias para descansar, esse pensamento sugere que o homem trabalhou no dia 7, porém, não há base nas Escrituras para afirmarem o que o casal fez no dia 7, visto que foi o dia em que o PAI cessou toda a sua Obra... 
 
E como se esse desencontro de afirmações não bastasse, então alguns partem para outra afirmativa, não das Escrituras, mas de seus próprios pensamentos para convencerem a si próprios, então dizem: enquanto o casal vivia no Jardim do Éden  eles não trabalhavam e sim apenas ficavam por ali, e que o descanso só passou a ser aplicado depois de o casal ter sido expulso do Jardim e que por castigo tiveram que passar a comer do suor do seu rosto, e também que a essa altura o Pai já havia-os instruído a identificar o Shabbat pela lua.

Vejamos agora se de fato o homem não trabalhava no Jardim. Leiamos Gên 2:15 E tomou YAHÚ o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar.

Esse texto por si só, é claro o suficiente para que entendamos que o homem trabalhava sim, no Jardim do Éden, e que certamente descansava a cada 7 dias, e claro, em algum momento o Pai os instruiu sobre como identificar o Shabbat do sétimo dia, assim como também instruiu Moshê  Aaron e os Israelitas no deserto quando eles foram libertos da escravidão do Egito.
  
Antes de prosseguirmos com nosso estudo necessário é que estabeleçamos algumas regras, para que eu possa me expressar de forma mais clara e objetiva, facilitando ainda mais a nossa compreensão.
  
1. Vamos a primeira delas: sobre o tema o qual eu vou falar nós teremos os adeptos, que são aqueles que aderiram ao Shabbat Lunar, e também teremos os não adeptos, eles são aqueles que não creem, não aderiram, que não seguem o Shabbat Lunar, doravante chamados de; adeptos e não adeptos.   

2. Também temos que concordar que:  se o Shabbat Lunar é o verdadeiro Shabbat do sétimo dia, então em toda a história nós não podemos encontrar  nenhuma dessas datas 8, 15, 22 e 29 ou então 7, 14, 21 e 28 que não tenha sido Shabbat, pois se encontrarmos uma, apenas uma dessas datas que não tenha sido Shabbat, já é o  suficiente para derrubar por terra a doutrina do Shabbat Lunar.

Por isso eu me pergunto; como podem entender que os Shabbatot são fixados pela lua diante do que vamos ler nas Escrituras Sagradas.

Temos também outro ponto  que  merece  nossa atenção, e podemos ler em DEUTERONÔMIO Cap. 17 :6 e 8-13...

Aqui nós podemos observar que quando existe uma causa difícil de ser julgada (e é claro, aplica-se a época que existia o Templo) nós deveríamos levar ao sinédrio ou ao sacerdote, pois eles teriam alguns homens competentes que poderiam julgar a causa por nós.
(LEIAMOS) Deu 17:6 Sob o depoimento de duas ou três testemunhas será condenado à morte o réu de pena capital. Não será condenado à morte sob a palavra de uma só testemunha.

Deu 17:8 Se uma causa for difícil demais para ser julgada, a propósito de homicídio, contenda, lesão física — questões de litígio em tua cidade,— subirás ao lugar que o YHWH teu UL houver escolhido.

Deu 17:9 Irás aos sacerdotes de Levi e ao juiz então em exercício, para consultá-los; eles dirão que sentença dar para o caso em questão.
Deu 17:10 Procederás segundo a sentença que derem no lugar que o YHWH tiver escolhido e cuidarás de te submeter ao que eles houverem ensinado.
Deu 17:11 Agirás conforme a instrução que te derem e a sentença que pronunciarem, sem te afastares, nem para a direita nem para a esquerda, do que te houverem comunicado.
Deu 17:12 Quem tiver a ousadia de desobedecer ao sacerdote, que lá está a serviço do YHWH teu UL, ou não escutar o juiz, será condenado à morte. Assim eliminarás o mal do meio de Israel.
Deu 17:13 E todo o povo, ao tomar conhecimento do fato, ficará com temor e já não se deixará levar pela arrogância.

Esse texto foi citado apenas para frisar que em alguns casos como quando o Shabbat se sobrepõe com alguma das MOADIM basta consultar o Sinédrio em caso de alguma dúvida de como proceder.

Para que esse estudo seja completo e para que você possa chegar ao final dele sem nenhuma dúvida quanto a qual é o Shabbat verdadeiro, então nós vamos seguir fazendo um formulário de perguntas e respostas, e de vez em quando vamos respondendo algumas questões durante o estudo, (eu respondo o meu e você o seu).

Assim no final do estudo, você pega então um novo formulário em branco e apenas copia as respostas que você mesmo assinalou durante o estudo.
E então chegará a conclusão se o Shabbat Lunar é o Shabbat do sétimo dia das Escrituras Sagradas, ou se o Shabbat verdadeiro do sétimo dia é o Shabbat que ocorre a cada sete dias em um ciclo ininterrupto.

Vale lembrar  aqui que o que eu estou defendendo não é necessariamente o Sábado Gregoriano, mas sim que o Shabbat ocorre a cada sete dias em um ciclo ininterrupto.

Deixo aqui uma ressalva de 20 a 30% de possibilidade de o dia de Sábado atual não coincidir com o ciclo do Shabbat verdadeiro das escrituras, porém, se de fato o Shabbat está no dia errado nós não temos nenhuma prova ou evidência de em que dia ele está, pois uma coisa é certa no Domingo ele não está, porque o catolicismo jamais  iria decretar o seu dia de descanso no dia do Shabbat verdadeiro, nem tampouco na Sexta-feira pois os muçulmanos não fariam o mesmo.

Então a pequena possibilidade de o Shabbat estar em um outro dia irá variar entre Segunda e Quinta-feira, mas é importante lembrar que não existe provas concretas desse fato, porém, reafirmo, o Shabbat é a cada sete dias, e a minha defesa aqui é que o Shabbat lunar fixo nos dias 08, 15, 22 e 29 ou nos dias 7, 14, 21 e 28 não é das Escrituras sagradas, pois literalmente não está nas Escrituras.

Deu 12:32 Tudo o que eu vos ordeno, observareis; nada lhe acrescentarás nem diminuirás. Êxo 16:26  Seis dias o colhereis mas, o sétimo dia [ é ] o Shabbat; nele não haverá. Êxo 16:29 ...por isso ele no sexto dia vos dá pão para dois dias;...





Observe o gráfico e veja que se considerarmos o Shabbat nos dias 8, 15, 22 e 29 é impossível adaptar o Shabbat Lunar nos tempos do deserto após a saída do Egito sem violar a TORÁHNo dia 28 colhia-se Maná para 2 dias, logo então no dia 30 era o 1º dia do Maná para a nova semana, não tinha pão do dia 28 para 3 ou 4 dias até o dia 2 e também não tinha Maná do dia 30 até o dia 7 e sendo no dia 7 para 2 dias, 7 e 8. 

Vamos fazer uma leitura superficial do livro de Gênesis Cap 1, para termos uma visão geral dos dias da semana da criação! A versão da Bíblia aqui utilizada foi a ARA,(Almeida Revista e Atualizada) até o verso 14, e a versão ARCA  de Gên 1:14 até Gên 2:3.

Gên. 1:3 Disse YHWH: Haja luz; e houve luz. Gên. 1:4 E viu YHWH que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas. Gên. 1:5 Chamou YHWH à luz Dia e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia. 

Gên. 1:6 E disse YHWH: Haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e águas. Gên. 1:8 E chamou YHWH ao firmamento Céus. Houve tarde e manhã, o segundo dia.

Gên. 1:9 Disse também YHWH : Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a porção seca. E assim se fez. Gên. 1:10 À porção seca chamou YHWH Terra e ao ajuntamento das águas, Mares. E viu YHWH que que isso era bom. 

Gên. 1:11 E disse: Produza a terra relva, ervas que deem 

semente e árvores frutíferas que deem fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nele, sobre a terra. E assim se fez. 


Gên. 1:13 Houve tarde e manhã, o terceiro dia.

Gên. 1:14 E disse YHWH : Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais (OTOT)  e para tempos ( ou estações ) determinados (MOADIM) e para dias e anos...

Gên. 1:15 E sejam para luminares na expansão dos céus, para alumiar a terra. E assim foi. Gên. 1:16 E fez YHWH os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas. Gên. 1:17 E YHWH os pôs na expansão dos céus para alumiar a terra, Gên. 1:18 E para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas. E viu YHWH que era bom. Gên. 1:19 E foi a tarde e a manhã  o dia quarto.

Gên. 1:20 E disse YHWH: Produzam as águas abundantemente répteis ... ...aves... ...baleias... Gên. 1:23 ...E foi a tarde e a manhã o dia quinto.

Gên. 1:24 E disse YHWH : Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; ... E assim foi. Gên. 1:27 E criou YHWH o homem à sua imagem; ... Gên. 1:31 E viu YHWH tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom: e foi a tarde e a manhã o dia sexto.

Gên. 2:1 ASSIM os céus, e a terra e todo o seu exército foram acabados. Gên. 2:2 E havendo YHWH acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua  obra, que tinha feito. Gên. 2:3 E abençoou YHWH o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que YHWH  criara e fizera.


Continua...

Próximo artigo, o #3. Aqui! (continuação)
Artigo, anterior o #1. Aqui!
Artigo com o Estudo Completo Aqui!

Por Adoir F. de Oliveira 

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Um Pouco Sobre as Versões da Bíblia!

Shabbat Lunar, Onde Está o Erro! #1

Este é um estudo realizado com o intuito de entender se realmente o Shabbat Lunar é o Shabbat das Escrituras Sagradas ou se o Shabbat ocorre a cada sete dias em um ciclo ininterrupto.

Existe um modelo de Shabbat Lunar Fixo nos dias 7, 14, 21 e 28, outro nos dias 8, 15, 22 e 29, e também um que alterna com o 1º Shabbat do mês no dia 8 ou no dia 9, isso depende de o mês ser de 29 ou de 30 dias. Este estudo terá seu foco no Shabbat dos dias 8, 15, 22 e 29, porém, grande parte das regras também são aplicáveis aos demais, mas nem todas.

O estudo aqui realizado terá compromisso com a Toráh, por isso teremos que seguir  um critério, o que está na Toráh devemos cumprir, porém sem acrescentar e nem diminuir.


Todos sabemos que o ser humano é falho, e também sabemos que a Bíblia que temos em mãos passou por inúmeras adulterações, por isso quero assumir com você leitor o compromisso de editar a fim de corrigir qualquer texto que porventura eu possa vir a entender ou descobrir que estava equivocado no momento em que escrevi, seja por equívoco de minha parte ou seja por erro dos tradutores.

Caso seja necessário usarei a Septuaginta pois é uma versão próxima do original e que podemos encontrar inclusive em português, ela foi a 1ª copia do Hebraico. As Bíblias que temos em mãos hoje são cópias de inúmeras outras cópias não ao todo confiáveis.

O nosso maior problema são os textos mal interpretados pelos tradutores onde talvez temos coisas escritas que na verdade não existem no original, (palavras com vários significados) e isso se agrava quando se trata de um Mandamento, isso ocorre uma ou outra  vez nas Escrituras. 

Septuaginta,  Vulgata BHK e BHS!


Sempre que escrevemos um ou outro estudo gostaríamos de faze-lo completo sem deixar nenhuma lacuna, no entanto quando o estudo é sobre algum tema da Toráh, eu particularmente prefiro agir com certa prudência sendo cauteloso em não afirmar assim com tanta certeza algo que talvez possa estar com algum erro de tradução seja intencionalmente ou não por parte dos tradutores.

Sabemos que entre as versões da Bíblia que temos em mãos existem alguns textos que uma versão diz uma coisa e noutra diz algo bem diferente, temos um bom exemplo em Êxo. 19:1 vejamos: (Versão ARA) Êxo 19:1 No terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no primeiro dia desse mês, vieram ao deserto do Sinai. (isso é no  dia 1º do mês três)

(Versão DIF) Êxo 19:1 Na terceira Lua-nova depois da saída dos filhos de Israel da terra do Egipto, naquele mesmo dia, chegaram ao deserto do Sinai. (isso é no dia 1º do mês quatro)

(Versão NVI) Êxo 19:1 No dia em que se completaram três meses que os israelitas haviam saído do Egito, chegaram ao deserto do Sinai. (isso é no dia 15 do mês quatro) entre muitas e muitas outras contradições, as quais podemos amenizar com uma cautelosa comparação entre diferente versões.

As versões da Bíblia costumam ser feitas a partir de uma versão da Bíblia Hebraica, e a Bíblia mais usada pelos tradutores e pelas sociedades Bíblicas para fazerem novas versões do Tanakh (antigo Testamento) atualmente é a BHS, Bíblia Hebraica Stuttgartensia, publicada pela Sociedade Bíblica Alemã, em nome das Sociedades Bíblicas Unidas, essa edição que também é impressa no Brasil foi feita entre os anos de 1967 e 1977.

A Bíblia Hebraica Stuttgartensia reproduz o manuscrito hebraico conhecido como Códice de Leningrado, o qual foi produzido e datado do ano de 1008 E. C. Ela reproduz sem maiores retoques o texto tal como se encontra no Códice de Leningrado. Texto esse que é chamado também, de texto massorético.

Porém este não necessariamente  é o texto original, em alguns momentos o texto massorético do Códice de Leningrado, apresenta lacunas (Exemplo: em Gên. 4.8  não aparece a frase “Vamos ao campo”) e outros aparentes erros (como em Sl. 22.16, onde o texto massorético diz como um leão as minhas mãos e os meus pés” já as traduções dizem algo como traspassaram-me as mãos e os pés).

Para corrigir os tradutores consideraram o que aparece no aparato crítico no rodapé das páginas de cada versão, tanto da versão hebraica usada como base que é a B.H.3, a terceira versão de Rudolf Kittel publicada em 1937 como também os dados derivados das versões ou traduções antigas como Septuaginta, Targum e Vulgata e dos manuscritos do mar Morto. Essas notas de rodapé inclusive as baseadas em versões mais antigas se encontravam na própria B.H.3 a terceira versão de Rudolf Kittel.
 
Tanto as versões antigas como também os manuscritos do mar Morto (ou documentos de Qumran) são muito mais antigos do que o texto massorético que aparece no Códice de Leningrado.
  
E é diante deste cenário que devemos ficar atentos com as alterações que muitos textos sofrem, essa versão Stuttgartensia foi feita a partir da BHK ou B.H.3 que é a  terceira versão da Bíblia Hebraica Rudolf Kittel publicada depois de sua morte pelos seus associados em 1937. 

Tanto a primeira versão de Kittel publicada em 1906 quanto a segunda publicada em 1913 reproduziram o texto hebraico editado por Mikraot Gedolot e publicado por Daniel Bomberg em Veneza no ano de 1524.
 
Embora na edição de Bomberg tivesse as notas massoréticas, elas não foram incluídas nas duas primeiras edições de Kittel, ao invés, foram adicionadas notas de rodapé com correções à possíveis erros do hebraico. 
Baseadas também no Pentateuco Samaritano e em traduções conceituadas como a Septuaginta, Vulgata e Peshitta.
 
Kittel então iniciou sua terceira edição da Bíblia Hebraica, a qual teve um texto hebraico ligeiramente diferente e algumas notas de rodapé completamente revisadas. Mais tarde em 1935 os textos massoréticos de Ben Asher, tornaram-se disponíveis como o do Códice de Leningrado o qual foi usado nesta edição por ideia de Paul Kahle. 

Esta obra foi concluída pelos associados de Kittel somente depois de sua morte. Essa edição reproduz de forma exata as notas massoréticas do códice, sem nenhuma edição. Já no tocante à referência, a Bíblia Hebraica de Kittel costuma-se abreviar para BH, ou BHK (K para Kittel). Para edições específicas para consultas, costuma-se usar BH1, BH2 e BH3
 
Voltando para a BHS, a Bíblia Hebraica Stuttgartensia, atualmente é produzida a partir da terceira edição de Kittel a qual foi baseada no códice de Leningrado. As notas de rodapé das páginas tem sido totalmente revisadas, estas notas foram acrescentadas aos poucos entre os anos de 1968 a 1976, e tornando-se um só volume em 1977.

Resumo: As versões da Bíblia hebraica seja a Stuttgartensia ou seja a edição de Kittel conforme vimos também podem conter erros, e esses erros são reconhecidos pelos próprios copistas/tradutores, e além disso temos que levar em consideração que a versão Stuttgartensia é uma cópia de varias outras cópias e que inclusive em caso de dúvidas os tradutores utilizavam  notas de rodapé de versões mais antigas e conceituadas como a Septuaginta, Vulgata, Targum, Peshitta,  entre outras.

É possível que venhamos encontrar algumas contradições em algum momento independentemente de qual a versão que estivermos usando, e também temos que tomar cuidado para não depositar confiança plena em alguma versão apenas por ser no hebraico, porque a versão mais popular dentre elas é a Stuttgartensia, e conforme vimos ela está com ajustes de possíveis erros no hebraico, e também contém correções baseadas em outras versões mais antigas e consideradas confiáveis como a Septuaginta e ainda algumas outras versões nos mostrando que os escritores recorriam a elas por considerarem mais confiáveis diante algumas situações.

A Septuaginta é a primeira cópia Grega do original hebraico, na Vulgata, o Tanakh é uma cópia em Latim do Hebraico, e a Stuttgartensia é uma cópia em hebraico de várias outras cópias que são cópia do códice de Leningrado que por sua vez é uma cópia do original hebraico. 

Por isso temos que ser prudentes ao tomar um ou outro versículo das Escrituras para nos posicionarmos sobre um ou outro tema.


Regras para organização e vocabulário aplicado à este estudo!

1. Sempre que me expresso, faço as colocações ou algum comentário o texto estará simples como esse, sem negrito e itálico, contudo, em caso de ênfase uma ou outra palavra poderá estar em negrito, itálico, em cor diferente ou em MAIÚSCULAS.
2. Sempre que o texto é das Escrituras Sagradas estará em negrito e itálico, e as palavras com ênfase na cor laranja e se a ênfase for especial estará nesta cor (salmon).
3. Sempre segue a ordem dos livros "Ex. Gên. Êxo. Lev.” o nome do livro, capítulo e verso estarão em  azul claro, e sempre que será mencionado um texto de um livro mais adiante ou anterior, Ex. estamos em Êxo e menciono Eze, ou estando em Êxo menciono Gên, então os mesmos estarão em amarelo.
4. Sempre procurei usar a versão da Bíblia ARCA, “Almeida Revista Corrigida e Anotada Porém sempre que necessário foi usado ou algum texto ou apenas para comparação outras versões, dentre elas, Versão ARCA, ARC, ARA, ARA+, AR, TB, NVT, NBV, NAA, NBV-P, ACF, BRASIL, CNBB, JFA+, KJV+, NTLH, NVI, PAST, JFA+ Ramires, PJFA, TNM, DIF, BJ, BI, BHK3, BHS, SEPTUAGINTA , VULGATA, e PESHITA.
5. Sempre mantive o texto da Bíblia o mais original possível corrigindo apenas uma ou outra palavra, e obviamente o Nome do Criador, o qual foi usado no capítulo 1 o Tetragrama já transliterado para YHWH, e do capítulo 2 em diante foi usado a expressão YAHÚ, também quando dizia Ex. “Senhor teu Deus” foi corrigido para “YAHÚ teu UL”.
6. Foi corrigido Moises para Moshê, e nos textos Bíblicos continua Arão, mas quando eu o cito, então usa-se Aarão ou Aaron, Messias está na forma hebraica Mashiach, o Nome do Mashiach foi corrigido para YAHUSHUA, glória foi corrigido para Kevod, e talvez uma ou outra palavra ainda, mas com a palavra conhecida ao lado entre parênteses. 

Observação importantíssima!

Existem muitas informações que não estão na Toráh escrita, as quais são conhecidas como Toráh oral, são ensinamentos que o Criador passou aos Seus escolhidos como Avraham (Abraão) Moshê Aarão entre outros, e nos dias de hoje esses ensinamentos podem ser encontrados escritos na Mishná. Também existe o Talmud uma coletânea de livros com as discussões rabínicas sobre a história do Judaísmo.

Baseado nessas informações existem relatos de que o povo Israelita já descansava no Shabbat enquanto ainda eram escravos no Egito. Outro ponto de vista diz que o dia 15/01 quando saíram do Egito era um 5º dia de trabalho (Quinta feira) e que eles guardaram o primeiro Shabbat no dia 24/01 em Mara e que receberam a Toráh no monte Sinai 50 dias após a saída do Egito em um Shabbat, e que tenha sido entre os dias 5 e 7/03, mas que provavelmente tenha sido no dia 06/03.

Se considerarmos essa informação verídica então a configuração para os Shabbatot (Sábados) ficariam assim desde a saída do Egito, dia 15/01 uma quinta feira, 17/01 Shabbat, 24/01 Shabbat, e nesse caso obrigatoriamente esse mês 1º tem que ter sido de 30 dias, porque o Shabbat só pode ter sido no dia 01/02, 08/02 e 15/02 pois no dia 16/02 caiu Maná e os outros Shabbatot então teriam sido nos dias 22/02, 29/02 e esse mês 2 obrigatoriamente tem que ter sido de 29 dias para o próximo Shabbat ser o dia de Nº50 pós Egito e também ter sido no dia 06/03, caso o mês 2 tenha sido também de 30 dias o dia Nº 50 pós Egito e Shabbat então foi no dia 05/03.

Contudo por se tratar de fontes extra Bíblica não usarei neste estudo por enquanto, e reservo-me o direito de atualiza-lo a qualquer momento, então este estudo será baseado em relatos registrados na Toráh ESCRITA, e levarei em consideração que o povo não viajava no dia de Shabbat, sendo assim, nas datas em que há registro que eles tenham viajado considerarei que não pode ter sido Shabbat.

Continua...

Próximo Artigo, o #2 Aqui! (continuação)
Artigo com o Estudo Completo, Aqui!

Por Adoir F. de Oliveira!

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