Shabbat Lunar, Onde Está o Erro! #1
Este
é um estudo realizado com o intuito de entender se realmente o Shabbat Lunar é
o Shabbat das Escrituras Sagradas ou se o Shabbat ocorre a cada sete dias em um
ciclo ininterrupto.
O estudo aqui realizado terá compromisso com a Toráh, por isso teremos que seguir um critério, o que está na Toráh devemos cumprir, porém sem acrescentar e nem diminuir.
Todos
sabemos que o ser humano é falho, e também sabemos que a Bíblia que temos em
mãos passou por inúmeras adulterações, por isso quero assumir com você leitor o compromisso de editar a fim de corrigir qualquer texto que porventura eu
possa vir a entender ou descobrir que estava equivocado no momento em que
escrevi, seja por equívoco de minha parte ou seja por erro dos tradutores.
Caso
seja necessário usarei a Septuaginta pois é uma versão próxima do original e
que podemos encontrar inclusive em português, ela foi a 1ª copia do Hebraico.
As Bíblias que temos em mãos hoje são cópias de inúmeras outras cópias não ao
todo confiáveis.
O
nosso maior problema são os textos mal interpretados pelos tradutores onde
talvez temos coisas escritas que na verdade não existem no original, (palavras
com vários significados) e isso se agrava quando se trata de um Mandamento,
isso ocorre uma ou outra vez nas
Escrituras.
Septuaginta, Vulgata BHK e BHS!
Sabemos
que entre as versões da Bíblia que temos em mãos existem alguns textos que uma
versão diz uma coisa e noutra diz algo bem diferente, temos um bom exemplo em
Êxo. 19:1 vejamos: (Versão ARA) Êxo
19:1 No terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no primeiro dia desse mês, vieram ao deserto do Sinai. (isso é no dia 1º do mês três)
(Versão DIF) Êxo 19:1 Na
terceira Lua-nova depois da saída dos filhos de Israel da terra do Egipto, naquele mesmo
dia, chegaram ao deserto do Sinai. (isso é no dia 1º do mês quatro)
(Versão NVI) Êxo 19:1 No dia em que se completaram três
meses que os israelitas haviam saído do Egito, chegaram ao deserto do Sinai. (isso
é no dia 15 do mês quatro) entre muitas e muitas outras contradições, as quais
podemos amenizar com uma cautelosa comparação entre diferente versões.
As versões da Bíblia costumam ser feitas a partir de uma versão da Bíblia Hebraica, e a Bíblia mais usada pelos tradutores e pelas sociedades Bíblicas para fazerem novas versões do Tanakh (antigo Testamento) atualmente é a BHS, Bíblia Hebraica Stuttgartensia, publicada pela Sociedade Bíblica Alemã, em nome das Sociedades Bíblicas Unidas, essa edição que também é impressa no Brasil foi feita entre os anos de 1967 e 1977.
Porém este não necessariamente é o texto original, em alguns momentos o texto massorético do Códice de Leningrado, apresenta lacunas (Exemplo: em Gên. 4.8 não aparece a frase “Vamos ao campo”) e outros aparentes erros (como em Sl. 22.16, onde o texto massorético diz “como um leão as minhas mãos e os meus pés” já as traduções dizem algo como “traspassaram-me as mãos e os pés”).
Para corrigir os tradutores
consideraram o que aparece no aparato crítico no rodapé das páginas de cada
versão, tanto da versão hebraica usada como base que é a B.H.3, a terceira versão de Rudolf Kittel publicada em 1937 como
também os dados derivados das versões ou traduções antigas como Septuaginta, Targum
e Vulgata e dos
manuscritos do mar Morto. Essas notas de rodapé inclusive as baseadas em
versões mais antigas se encontravam na própria B.H.3 a terceira versão de Rudolf
Kittel.
Tanto as versões antigas como
também os manuscritos do mar Morto (ou documentos de Qumran) são muito mais
antigos do que o texto massorético que aparece no
Códice
de Leningrado.

Tanto
a primeira versão de Kittel
publicada em 1906 quanto a segunda publicada em 1913 reproduziram
o texto hebraico editado por Mikraot
Gedolot e
publicado por Daniel Bomberg em
Veneza no ano de 1524.
Embora
na edição de Bomberg tivesse as notas massoréticas,
elas não foram incluídas nas duas primeiras edições de Kittel, ao invés, foram adicionadas notas de
rodapé com correções à possíveis erros do hebraico.
Baseadas também no Pentateuco Samaritano e em
traduções conceituadas como a Septuaginta,
Vulgata e Peshitta.
Kittel então iniciou sua terceira edição
da Bíblia Hebraica, a qual teve um texto hebraico ligeiramente diferente e
algumas notas de rodapé completamente revisadas. Mais tarde em 1935 os
textos massoréticos de Ben
Asher, tornaram-se
disponíveis como o do Códice de Leningrado o
qual foi usado nesta edição por ideia de Paul
Kahle.
Esta
obra foi concluída pelos associados de Kittel somente depois de sua morte. Essa
edição reproduz de forma exata as notas massoréticas do códice, sem nenhuma
edição. Já no tocante à referência, a Bíblia Hebraica de Kittel costuma-se abreviar para BH, ou BHK (K
para Kittel). Para edições específicas para consultas, costuma-se usar BH1, BH2 e BH3
Voltando
para a BHS, a
Bíblia Hebraica Stuttgartensia, atualmente é produzida a partir da terceira
edição de Kittel a qual foi baseada no códice de
Leningrado. As notas de rodapé das páginas tem sido totalmente revisadas, estas
notas foram acrescentadas aos poucos entre os anos de 1968 a 1976, e
tornando-se um só volume em 1977.
Resumo: As
versões da Bíblia hebraica seja a Stuttgartensia ou seja a edição de Kittel
conforme vimos também podem conter erros, e esses erros são reconhecidos pelos
próprios copistas/tradutores, e além disso temos que levar em consideração que a versão
Stuttgartensia é uma cópia de varias outras cópias e que inclusive em caso de
dúvidas os tradutores utilizavam notas
de rodapé de versões mais antigas e conceituadas como a Septuaginta, Vulgata,
Targum, Peshitta, entre outras.
A
Septuaginta é a primeira cópia Grega do original hebraico, na Vulgata, o Tanakh
é uma cópia em Latim do Hebraico, e a Stuttgartensia é uma cópia em hebraico de
várias outras cópias que são cópia do códice de Leningrado que por sua vez é
uma cópia do original hebraico.
Por isso temos que ser prudentes ao tomar um ou
outro versículo das Escrituras para nos posicionarmos sobre um ou outro tema.
Regras para organização e vocabulário aplicado à este estudo!
●
1. Sempre
que me expresso, faço as colocações ou algum comentário o texto estará simples
como esse, sem negrito e itálico, contudo, em caso de ênfase uma ou outra
palavra poderá estar em negrito, itálico, em cor
diferente ou em
MAIÚSCULAS.
●
2. Sempre
que o texto é das Escrituras Sagradas estará em negrito e itálico, e as palavras com ênfase na cor laranja e se a ênfase for especial estará nesta
cor (salmon).
●
3. Sempre
segue a ordem dos livros "Ex. Gên.
Êxo.
Lev.” o
nome do livro, capítulo e verso estarão em
azul claro, e sempre que será mencionado um texto de um livro mais adiante
ou anterior,
Ex.
estamos em Êxo e
menciono Eze, ou
estando em Êxo menciono Gên, então
os mesmos estarão em amarelo.
●
4. Sempre
procurei usar a versão da Bíblia ARCA,
“Almeida
Revista
Corrigida
e Anotada”
Porém sempre que necessário foi usado ou algum texto ou apenas para comparação
outras versões, dentre elas, Versão ARCA, ARC, ARA, ARA+, AR, TB, NVT, NBV, NAA, NBV-P, ACF, BRASIL,
CNBB, JFA+, KJV+, NTLH, NVI, PAST, JFA+ Ramires, PJFA, TNM, DIF, BJ, BI, BHK3,
BHS, SEPTUAGINTA , VULGATA, e PESHITA.
●
5. Sempre
mantive o texto da Bíblia o mais original possível corrigindo apenas uma ou
outra palavra, e obviamente o Nome do Criador, o
qual foi usado no capítulo 1 o Tetragrama já transliterado para YHWH, e do capítulo 2 em diante foi usado
a expressão YAHÚ, também quando dizia Ex. “Senhor teu Deus” foi corrigido para “YAHÚ teu UL”.
●
6. Foi
corrigido Moises para Moshê, e nos
textos Bíblicos continua Arão, mas quando eu o cito, então usa-se Aarão ou Aaron, Messias está na forma hebraica Mashiach, o Nome do Mashiach foi corrigido
para YAHUSHUA, glória foi corrigido para Kevod, e talvez uma ou outra palavra
ainda, mas com a palavra conhecida ao lado entre parênteses.
Observação
importantíssima!
Existem
muitas informações que não estão na Toráh
escrita,
as
quais são conhecidas como Toráh oral, são
ensinamentos que o Criador passou aos Seus escolhidos como Avraham (Abraão)
Moshê Aarão entre outros, e nos dias de hoje esses ensinamentos podem ser
encontrados escritos na Mishná. Também
existe o Talmud uma
coletânea de livros com as discussões rabínicas sobre a história do Judaísmo.
Baseado
nessas informações existem relatos de que o povo Israelita já descansava no
Shabbat enquanto ainda eram escravos no Egito. Outro ponto de vista diz que o
dia 15/01 quando saíram do Egito era um 5º dia de trabalho (Quinta feira) e que
eles guardaram o primeiro Shabbat no dia 24/01 em Mara e que receberam a Toráh
no monte Sinai 50 dias após a saída do Egito em um Shabbat, e que tenha sido
entre os dias 5 e 7/03, mas que provavelmente tenha sido no dia 06/03.
Se
considerarmos essa informação verídica então a configuração para os Shabbatot
(Sábados) ficariam assim desde a saída do Egito, dia
15/01 uma quinta feira, 17/01 Shabbat, 24/01 Shabbat, e nesse caso
obrigatoriamente esse mês 1º tem que ter sido de 30 dias, porque o Shabbat só
pode ter sido no dia 01/02, 08/02 e 15/02 pois no dia 16/02 caiu Maná e os
outros Shabbatot então teriam sido nos dias 22/02, 29/02 e esse mês 2
obrigatoriamente tem que ter sido de 29 dias para o próximo Shabbat ser o dia
de Nº50 pós Egito e também ter sido no dia 06/03, caso o mês 2 tenha sido
também de 30 dias o dia Nº 50 pós Egito e Shabbat então foi no dia 05/03.
Contudo
por se tratar de fontes extra Bíblica não usarei neste estudo por enquanto, e reservo-me o direito de
atualiza-lo a qualquer momento, então este
estudo será baseado em relatos registrados na Toráh ESCRITA, e
levarei em consideração que o povo não viajava no dia de Shabbat, sendo assim,
nas datas em que há registro que eles tenham viajado considerarei que não pode
ter sido Shabbat.
Continua...
Próximo Artigo, o #2 Aqui! (continuação)
Por Adoir F. de Oliveira!
Parte das imagens utilizadas neste estudo foram extraídas da internet e as vezes não é possível ou é difícil de encontrar o proprietário(a) das mesmas, então caso você seja o autor/proprietário de uma ou mais imagens utilizadas neste estudo e deseja que sua imagem seja removida favor entrar em contato pelo facebook https://www.facebook.com/adoir.francisco
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